Relatório de atividades Ciranda Cultural Instituto de Educação Padre Caetano

UFSM/CCSH – FACOS

DISCIPLINA DE MÍDIA E POLÍTICAS PÚBLICAS

RELATÓRIO DA ATIVIDADE DE DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO

Profa. Dra. Rosane Rosa

Docência Orientada: Mestranda Camila Marques

 

  1. Identificação da Atividade: Ciranda Cultural
  1. Escola: Instituto de Educação Padre Caetano, Avenida Jornalista Maurício Sirotski Sobrinho, 442 – Santa Maria – RS.

 

  1. Integrantes da Equipe: Carine Martins, Luis Filipi Almeida Machado, Luiza Betat, Marina Smidt Mainardi e Rayanne Senna.

 

  1. Coordenação:  Prof. Drª. Rosane Rosa

 

  1. Plano/programação de Trabalho Detalhado:

No projeto Feira de Livro em Escolas Públicas, participam três instituições da rede pública de ensino da cidade de Santa Maria. Projeto este que abrange crianças e adolescentes em idade escolar. Sendo assim, o presente trabalho objetiva: democratizar e proporcionar um maior interesse, por parte das crianças e adolescentes atingidas pelo projeto, a questões referentes a uma das vertentes de trabalho de um produtor editorial, o livro. Além de oferecer uma ampla e qualificada programação cultural, gratuita e de interesse dos alunos com foco nos livros e na leitura, promovendo a mesma, a escrita e a expressão oral através de atividades práticas como oficinas e painéis, de certa forma, a democratização do acesso a estes recursos.

No caso do presente grupo, para o desenvolvimento das atividades, os mesmos foram contemplados com a Escola Estadual de 1° Grau Padre Caetano. O evento ocorreu no dia 29 de novembro de 2012, juntamente com as atividades de encerramento de ano letivo da escola e a partir de uma decisão da escola, atendendo crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental.

A partir disto, passamos a trabalhar as possíveis ações a serem realizadas neste meio escolar. Sendo assim, a ideia para levar livros a escolas a preços acessíveis configurou-se como uma campanha para doações de livros, na FACOS e nas redes sociais, pedindo aos alunos para doar livros dos mais variados gêneros. Tivemos doações dos mais variados locais do estado e da comunidade santa-mariense, totalizando 624 livros arrecadados o que possibilitou a concretização da Feira do Livro.  Na banca de livros na feira, os alunos puderam apoderar-se dos mais variados exemplares, com um valor simbólico, para que eles valorizassem aquele livro adquirido. Foram estipulados valores entre R$ 0,05 e R$ 1,00, nos gerando uma arrecadação total de R$ 79,15.

Partindo para um viés mais cultural, fizemos uma parceria com o curso de Artes Cênicas da UFSM, onde pelo turno da manhã, o acadêmico Maicon Conrad ministrou uma oficina de Teatro, para as crianças do quarto ano do Ensino Fundamental. Além disso, esse mesmo aluno, pela parte da tarde, fez uma apresentação de “Clown” para todos os presentes no ginásio da escola, com número musical e malabares. Já pensando em uma atividade cultural mais direcionada, realizamos uma parceria com a Biblioteca Municipal onde proporcionamos às crianças do segundo ano e do terceiro ano, uma hora do conto no turno da manhã. Dentro dessa atividade, aconteceu a leitura de uma história infantil, onde os alunos se fantasiaram dos respectivos personagens, além de uma atividade musical, onde todos cantaram uma música especial aos livros.

Referente às atividades práticas aos alunos, ocorreu a realização de oficinas, sendo elas: no turno da manhã, uma  oficina de ilustração e charge, onde contamos com a participação voluntária do acadêmico de Produção Editorial, Henrique Dênis Lucas, que mostrou seus desenhos aos alunos do quinto ano, fazendo com que os pequenos acabassem se interessando pela elaboração de desenhos e de histórias em quadrinhos. Refletindo sobre a expressividade das crianças, oferecemos, em parceria com a acadêmica da fonoaudiologia, Carla Hoffmann, uma oficina, no turno da tarde, de dicção e oratória, onde a intenção foi de ajudar aqueles que presenciaram a oficina no ginásio da escola, a se expressarem melhor nos mais variados meios, principalmente para as apresentações de trabalhos.

Voltando-se em passar para os alunos da Escola Padre Caetano a importância da leitura para o futuro, oferecemos um painel, no turno da tarde, com um profissional da comunicação, o Coordenador de Programação da Rádio Atlântida SM, Fabiano Oliveira, que abordou o quão importante foi a leitura em sua vida, principalmente o desenvolvimento do hábito desde cedo e como isto influência na sua profissão atualmente. Ele agradou as crianças fazendo imitações e doando livros. Devido a nossa “invasão” na escola, pensou-se que seria interessante explicarmos o motivo de estarmos fazendo esta atividade com eles, assim, promovemos uma entrevista com o acadêmico Marcos Soares, à rádio da escola, no turno da tarde, apresentando o curso de Comunicação Social – Produção Editorial aos alunos e professores da Escola Padre Caetano. O aluno Marcos Soares doou um livro àquele que acertou o nome do nosso curso.

Para os recursos financeiros, contatamos a Gráfica Palotti, que nos ajudou com a impressão de 900 marca-páginas e com os recursos disponibilizados aos grupos para o desenvolvimento das atividades.

6.        Auto avaliação da equipe:

6.1 Planejamento:

No planejamento inicial, tentamos contemplar a escola com atividades que atendesse a demanda dos mesmos e o que era proposto na cadeira, contando também com o fator tempo de desenvolvimento do planejamento com posterior ação. Em detrimento a isso, não tivemos dificuldades em desenvolvê-lo. Na hora de colocarmos em prática realmente tudo o que foi proposto, a ação, tivemos algumas dificuldades quanto a contatos com palestrantes e patrocinadores, como no caso da Coca Cola, em que a mesma, acreditamos ser por fatores de cota de ajuda a comunidade, não nos deu um retorno positivo e em relação ao painel da importância da leitura, onde nossa intenção era levar pelo menos três pessoas para falar com as crianças e por fim conseguimos apenas uma. Outra atividade que não conseguimos por em ação, caracteriza-se por ser o recital de poesias, mas está vincula-se com exigências da própria escola; também tivemos que adaptar nosso planejamento quanto a parceria com as livrarias e sebos, que não mostraram-se muito satisfeitos com tal proposta, de levar livros com preços mais acessíveis a escola, tendo assim que utilizarmos apenas das doações. Outra atividade que foi excluída de nossa programação relaciona-se com o espaço que daríamos a ONG Infância – Ação, julgamos melhor não manter tal parceria por que não tínhamos uma ideia bem definida sobre qual atividade seria desenvolvida com a parceria e também pelo fato de no mesmo dia estar acontecendo outras atividades na escola, então demos prioridades as ações com forte ligação aos nossos propósitos iniciais, a democratização da leitura.

6.2 Comprometimento/responsabilidade:

Todos os integrantes do grupo cumpriram com aquilo que lhes foi designado no planejamento, tanto referente às atividades em que se exigia uma participação total do grupo, quanto às incumbências individuais. Claro que em alguns momentos houve cobranças, mas nada que quebrasse a harmonia do mesmo e que interferisse de forma grave na atividade a ser desenvolvida. Quanto à responsabilidade que tínhamos para com a escola, acreditamos que a mesma, por parte do grupo e em detrimento a alguns fatores, foi nada menos do que o esperado, já sobre a responsabilidade da escola, temos alguns casos desagradáveis.

6.3 Criatividade:

Acreditamos que a criatividade do grupo consistiu em criarmos vínculos com a comunidade Santa-mariense, no caso, instaurando parcerias com a Biblioteca Pública Municipal e com a Rádio Atlântida, através da figura do comunicador Fabiano Oliveira. Além disso, outro ponto positivo foi a parceria com acadêmicos de outros cursos, sendo eles: fonoaudiologia e artes cênicas. Não podemos esquecer também da campanha de doação dos livros, onde o resultado foi muito positivo, até superando as expectativas, com uma arrecadação de 624 livros.

6.4      Integração e mobilização da equipe:

A equipe esteve integrada a todo o momento: participando de reuniões tanto presenciais quanto online, onde todos os integrantes do grupo pudessem opinar sobre as atividades, relatar sobre suas ações e expor ideias ou problemas que encontrassem; indo a pontos de recolhimento das doações de livros; criando e desenvolvendo cartazes para divulgação da campanha de doação; divulgando o projeto e a campanha. Tornando-se assim uma equipe mais organizada e unida.

6.5      Relações com a comunidade escolar:

O grupo, a todo o momento, esteve em contato (por e-mail e telefone) com a escola onde foi realizado o projeto, mantendo assim relações para uma melhor integração com os alunos e professores. Foram feitas duas visitas presenciais a escola, a primeira visita foi para a exposição do projeto para os professores e coordenadores da escola e para o grupo conhecer o espaço onde aconteceria a feira.  A segunda visita foi para a divulgação da programação da feira, e para firmamento do espaço e das atividades que aconteceriam durante a feira. Contudo, apresentamos nos últimos dias de organização da atividade problemas com a escola, que um dia antes da realização da atividade queriam algumas mudanças no cronograma, algumas inviáveis devido a contatos já feitos.

6.6      Estratégias de divulgação:

Como estratégia de divulgação o grupo privilegiou a rede social Facebook, onde além de divulgar o projeto, foi divulgada também a campanha de doação de livros elaborada pelo grupo. Além do uso do Facebook, foram espalhados cartazes pela FACOS e deixados exemplares na escola, onde a coordenadoria da escola se propôs a colar em locais de maior visibilidade, coisa que pela reação das crianças não aconteceu.

6.7      Resultados tangíveis e intangíveis:

Acreditamos que tivemos um resultado positivo relativo ao impacto da proposta nas crianças. Elas se mostraram temerosas no inicio, mas depois passaram a ver com outros olhos as atividades desenvolvidas lá e se integrando de forma positiva ao que era proposto pelos oficineiro, além da viabilidade de tal projeto ser continuado em outros anos. Porém, não conseguimos ter uma maior percepção quanto ao impacto que a Ciranda Cultural como um todo terá na vida destas crianças.

6.8      Público beneficiando – no. Aproximado: Realmente não temos uma noção precisa de quantas crianças e professores foram atingidos, mas acredito que em torno de umas 150 pessoas

  1. Auto avaliação de cada integrante (participação, integração, comprometimento/responsabilidade). Nota de 1-10:

Carine Martins: Me empenhei tanto quanto o resto do grupo nas atividades que me foram designadas durante a feira. Tentei fazer o melhor possivel na criação da identidade visual e durante a feira atendendo as crianças e os professores. Apesar dos desafios enfrentados, eu e todo o grupo merecemos nota dez pelo bom desemprenho antes e durante a feira. Nota: 10.

Luis Filipi: Fora o fato de eu não poder participar da segunda reunião com os professores, nas dependências da escola, acredito que participei de todas as etapas dessa trajetória até o dia da feira, dia este em que eu e minhas colegas desde manhã até o final da tarde, trabalhamos para colocar tudo que planejamos em prática. Nota: 9,5.

Luiza Betat: Acredito que ter ficado com a coordenação do grupo foi uma tarefa desgastante, responder quanto a minha própria responsabilidade e cobrar a dos outros é algo um tanto complicado, que resultou em alguns desentendimentos, mas que no fim geraram um maior comprometimento de todos na ação. Minha integração com o projeto e com a escola foi satisfatória, não se fazendo presente apenas na primeira reunião com a mesma por motivos pessoais. No mais, em todas as etapas de desenvolvimento que me comprometi, tentei executá-las com o intuito de sair o mais perfeito possível, contudo em algumas fui um tanto relapsa, mas pelo fato de não ter muito conhecimento em trabalhos na área. Por fim, acredito que minha participação na feira mereça uma nota 8,5, pois apesar de todo o esforço, ainda preciso de um amadurecimento em atividades nesse formato.

Marina Mainardi: Acho que mesmo entrando depois da instauração do projeto na cadeira, eu pude aproveitar bastante e me inteirar e participar como todo o resto do grupo.  Conseguimos por em prática boa parte da programação, mesmo que para um público mas novo que o planejado, e trocada com dois dias para o evento por parte da escola. Apesar das dificuldades de comunicação com os professores nos saímos bem, e conseguimos um bom relacionamento com os alunos durante o dia da feira, que eram o mais importante. Vimos uma boa participação e um grande interesse por parte deles, o que fez com que todos os impecilhos ficassem para trás. Dadas essas condições, diria que merecemos um 9.

Rayanne Senna: Acredito que, assim como todos os integrantes do grupo, alcancei todos os objetivos propostos, realizando todas as atividades que me a mim foram designadas, antes e durante a feira (recolher as doações de livros, tratar as atividades da hora do conto, oficina de teatro e apresentação acadêmico de Artes Cênicas de maneira responsável. Alguns aspectos dificultaram algumas atividades, porém ao relatar ao grupo a situação, sempre encontramos juntos uma solução. Em vista disso, mereço nota 10.

  1. Importância/relevância do projeto Ciranda Cultural para o aprendizado pessoal/coletivo/profissional:

Buscamos ao longo de todo o projeto, encontrar eventos que pudessem gerar conhecimento nas crianças, e com isso no deparamos com diversos aprendizados para nós mesmos. Acho que uma das coisas mais importantes foi trabalhar fora da universidade, para a comunidade e com ela, com isso tivemos que nos por em segundo plano e  trazer bastante influência de fora da nossa realidade para o projeto.

Com isso acho que o trabalho tomou grandes proporções quando se trata do nosso conhecimento pessoal e também no profissional. Contornamos algumas dificuldades e permanecemos fiéis a nossa proposta e conseguimos cumprir boa parte do cronograma, tudo isso para depois, podermos ver aquelas crianças se esforçando para ler o título das obras e poder escolher uma, buscando se inteirar do que a gente estava propondo a eles, isso fez com que tudo valesse a pena e compensasse todo o nosso esforço.

Como profissionais acho que vimos um público que é constantemente ignorado por pesquisas de mercado e sofre imensamente com isso, vimos que as políticas públicas são necessárias para incentivar a leitura desde cedo, despertando também a concentração nessas crianças.

 

  1. Aspectos que dificultaram e que devem ser aprimorados para uma próxima edição:

            Um aspecto que dificultou a realização da feira foi a questão da preparação da escola em conciliar a programação que foi combinada para feira com a programação das atividades que a própria escola elaborou para o mesmo dia. Este aspecto não prejudicou a realização das atividades, mas causou preocupação ao grupo no momento da organização, pois houve atrasos, mudanças em relação as séries combinadas para cada atividade e cancelamento de uma atividade.

 

 

 

Orçamento/prestação de contas

Cachê Maicon Conrad (Artes Cênicas) ———————————————— R$ 100,00

Táxi para o transporte dos livros até a escola —————————————– R$ 18,00

Dois fardinhos de água ——————————————————————- R$ 22,80

Um pacote de folha ofício (500 folhas) ———————————————— R$ 14,90

Quatro lápis Bic verde ——————————————————————– R$ 2,00

TOTAL: R$ 157, 70

 

 

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